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Registo: 08 Ago 2007 Mensagens: 224
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Colocada: 27 Jul 2009 01:43 Assunto: Velocidades |
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Opinião
Velocidades
Nuno Cintra Torres
27/07/09 00:05
Em Portugal instalou-se a ideia de que banda larga a 100Mbps é coisa trivial. Não é.
Como se não bastasse, agora, fala-se em velocidades hiper estonteantes: 10Gbps. Velocidade por si mesma é uma veleidade inconsequente. Quais os modelos de negócio e benefícios para a sociedade?
Nos EUA é ainda muito raro os operadores, de cabo ou de telefones, oferecerem velocidades a 50Mpbs. São um luxo a que poucos têm acesso. No Reino Unido, o operador por cabo Virgin oferece 50Mbps a alguns consumidores e a BT não passa dos 40Mbps. As duas empresas juntas cobrem cerca de dois terços da população britânica. Para chegar ao terço que falta com velocidades dessa ordem são precisos três milhares de milhões de libras.
Referindo-se ao desfasamento entre a actual débil capacidade de processamento dos computadores caseiros e as velocidades vitaminadas das redes de nova geração, como as da ZON, PT ou Clix, Carlos Salema do Instituto de Telecomunicações disse ao DN: "Ter uma rede de nova geração em casa é como ter uma bicicleta para andar numa auto-estrada". Recorde-se que apenas cerca de metade dos portugueses tem computador em casa.
Velocidade ou acessibilidade? Trata-se de uma questão que os britânicos abordaram com pragmatismo na tradição de Lord Reith, o fundador da BBC nos anos 20 do século XX. O então novo medium rádio deveria ser acessível a todos os cidadãos possuidores de uma telefonia e de uma antena de médio custo. Nada de luxos. Os objectivos eram fomentar a unidade nacional e a coesão social.
Acessibilidade era e é a principal preocupação. O relatório e recomendações "Digital Britain" agora publicado sob a direcção de Lord Carter para o gabinete do primeiro-ministro Gordon Brown, preconiza acessibilidade e não velocidade. Defende que todos os cidadãos residentes nas ilhas britânicas tenham acesso em 2012 a uma rede de pelo menos 2Mbps (sim, dois), uma velocidade considerada suficiente para as necessidades correntes.
Todavia, o relatório é criticado em vários aspectos, designadamente quanto ao modelo sugerido no que respeita ao financiamento da cobertura do terço de lares que nem essa velocidade irão ter se a banda larga for apenas fornecida pelos privados sem subsídio.
Segundo o Economist, "gastar dinheiros públicos em novas redes estonteantes é apelativo para os tecnófilos, mas os benefícios para os restantes não são claros", como mostra a experiência de Hong Kong, uma cidade pioneira nas altas velocidades.
Noticia: http://economico.sapo.pt/noticias/velocidades_65973.html |
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Colocada: 27 Jul 2009 01:43 Assunto: Anúncios Google AdSense |
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lemene

Registo: 29 Ago 2008 Mensagens: 2824 Localização: Do outro lado da linha
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Colocada: 27 Jul 2009 08:23 Assunto: |
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Bom artigo.
Em geral estou de acordo com a mensagem, alias 500% de acordo sobre aspectos onde deverá haver cuidados obrigatórios sobre deveres e direitos:
primeiro a "Acessibilidade era e é a principal preocupação",
segundo ""gastar dinheiros públicos em novas redes estonteantes é apelativo para os tecnófilos, mas os benefícios para os restantes não são claros".
Embora concordo com uma parte importante do problema atinge a população com menos recursos "Ter uma rede de nova geração em casa é como ter uma bicicleta para andar numa auto-estrada",
o problema também acontece à outra parte da população, onde nem no meio há virtdudes, ter desde 1500CC a um porche e depois descobrir uma estrada cheio de buracos e enganos não é assim que vamos lá.
Onde não estou de acordo são em dois pontos:
primeiro, a ideia que aqui se possa pensar, cortar na investigação e na colocação em prática de velocidades verdadeiramente apteciveis, tipo 10Gbps.
segundo, ter que se baixar a meta "social" tipo a 2Mbps por causa do custo.
Penso que está pouco claro que o custo e gasto público tenha ter um aumento elevado por cada salto em velocidade.
Uma coisa são custos de chips outra é custo de nova marca ou novo modelo. Haja mais contenção. _________________ ooo(@@)ooo
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http://www.aquinaoentras.haha
http://vaestamaisfacil.eheh |
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tigerpunk
Registo: 26 Jul 2008 Mensagens: 554 Localização: Espinho
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Colocada: 27 Jul 2009 12:48 Assunto: |
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Se fosse só pela internet eu até concordava com o artigo, mas o problema é que a infraestrutura é a mesma que usamos para receber o serviço de televisão, e aí as redes convencionais não me convencem... E acho que não faz sentido investir na expansão das redes de cobre ou de coaxial para daqui a uns anos os clientes ficarem insatisfeitos e exigirem fibra... Quem frequenta este fórum sabe dos problemas que muita gente tem com a iptv por cobre e também sabemos das queixas dos utilizadores de outros operadores... Essa dos tecnófilos parece-me conversa de "quem fala de papo cheio"... Era capaz de apostar que o autor do artigo vive numa zona em que não qualquer problema com as telecomunicações... Infelizmente, pelo que vejo nos media, há muita gente a falar do sector sem sequer o conhecer como consumidor, quanto mais como especialista...
Também acho estranho o artigo falar dessas velocidades como máximas no reino unido quando em fóruns de outras temáticas li por mais de uma vez britânicos a gabarem-se da sua ligação de 100Mb... |
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