Tuga
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 Colocada: 24 Abr 2008 02:06 Assunto: Concurso TDT - Diversos |
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PT e Air Plus já entregaram propostas para a TDT
| Citação: | Com apenas 18 minutos de diferença, as duas únicas candidatas ao concurso de Televisão Digital Terrestre (TDT) entregaram hoje as suas candidaturas na sede do regulador das comunicações, em Lisboa.
Por volta das 15h20, os suecos da Air Plus chegaram à Anacom com vários embrulhos de papel, e 18 minutos depois era a vez da Portugal Telecom, com uma carrinha onde já se viam as insígnias 'Televisão Digital Para Todos' entregar sete caixas, sendo duas de grande dimensão, onde constavam os planos técnicos.
De referir que a Portugal Telecom é a única candidata às duas plataformas de televisão gratuita e paga, sendo que a Air Plus só concorre, e de modo incompleto, ao concurso de televisão paga. Tal como o Diário Económico ja noticiou hoje, os suecos pediram ao governo mais tempo para concluirem a sua candidatura, alegando que as condições de mercado se alteraram ante o concurso. Em causa está o facto da Air Plus ter mantido negociações com a Media Capital, que detém uma das redes de transmissão, a RETI, e que na passada sexta-feira optou por se juntar à PT, cedendo-lhe a rede.
A passagem da RETI para as mãos da Portugal Telecom, que também detém uma infra-estrutura de transmissão de sinal televisivo, faz com que não haja mais nenhuma infra-estrutura disponível no mercado, o que só deixa duas hipóteses a outros concorrentes: ou alugar a rede a quem a detém para poder fornecer os serviços, ou construir uma rede de raiz. Com a segunda hipótese à partida excluída, pelos custos e morosidade que implicaria a construção de uma rede, só resta saber se a vencedora natural do concurso está disposta a negociar o aluguer para que os suecos se mantenham em jogo. |
Governo garante estar empenhado em garantir um rápido desenvolvimento da TDT em Portugal
| Citação: | O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Telecomunicações anunciou hoje que, uma vez que foram já entregues as duas propostas para a Televisão Digital Terrestre (TDT), o executivo irá escolher a solução que melhor corresponda aos seus objectivos, tendo reiterado que o executivos reiterado que está "fortemente empenhado" em gerantir um desenvolvimento rápido da TDT no País.
Segundo um comunicado hoje emitido pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, o prazo de entrega das propostas relativas aos concursos da TDT terminou hoje.
"Apresentaram-se ao concurso relativo à transmissão de televisão em aberto a empresa PT Comunicações S.A. e ao concurso para a disponibilização por subscrição as empresas PT Comunicações S.A e AirPlus Television Portugal S.A.", lê-se no texto do documento.
O Governo congratula-se com o facto de "mais de uma empresa ter manifestado interesse em investir nesta promissora tecnologia. Este facto reforça a perspectiva, de que, até 2011, a população portuguesa poderá ter ao seu dispor uma plataforma televisiva digital inovadora, tecnologicamente avançada e competitiva, e de que Portugal poderá beneficiar, em breve, do dividendo digital que resultará do fecho do sistema de difusão analógica (switch-off), abrindo caminho ao desenvolvimento de novos serviços como o 'mobile TV'".
O executivo acrescenta que a avaliação destas propostas, que agora irá ser feita, "permitirá escolher as soluções que melhor poderão concretizar esta perspectiva".
"O Governo está fortemente empenhado em garantir um tão rápido quanto possível desenvolvimento da TDT em Portugal, transformando o televisor num canal privilegiado de acesso ao universo digital por parte de todos os cidadãos. Por esse motivo, a contribuição para a massificação da televisão digital terrestre constituirá o mais importante critério de avaliação das propostas que se apresentaram a concurso, tanto no que se refere ao Multiplexer A, como aos Multiplexers B a F", diz o ministério.
Os concursos promovidos pelo Governo dizem respeito aos direitos de utilização de frequências, quer para a transmissão de televisão em aberto (Multiplexer A), quer para a disponibilização de televisão por subscrição (Multiplexers B a F), procedendo-se ainda ao licenciamento do operador de distribuição responsável pela selecção e agregação de programas.
"Com este concurso, o Governo dá um passo decisivo para proceder ao fecho do sistema analógico de radiodifusão televisiva em 2012, pondo termo a um ciclo de indecisão e de frustração das expectativas criadas", lê-se no texto do comunicado. |
Sonaecom diz que concurso da TDT foi criado apenas para beneficiar a PT
| Citação: | A subsidiária do Grupo Sonae afirmou hoje que os seus piores receios se confirmaram e que os concursos da Televisão Digital Terrestre (TDT) dão a sensação "de que se assiste a um ajuste directo travestido de concurso, com danos na credibilidade e no desenvolvimento do País, bem como no interesse da concorrência e dos consumidores".
Segundo um comunicado hoje emitido pela Sonaecom, a empresa recorda que afirmou várias vezes e nas mais diversas sedes – desde logo no âmbito das consultas públicas lançadas a 31 de Agosto de 2007 – que "existia um sério risco de se estarem a criar condições objectivas para que, nos concursos relativos à Televisão Digital Terrestre, apenas a PT pudesse apresentar uma candidatura viável".
Entre outras advertências, a Sonaecom recorda ter mostrado que "a consequência da formatação dos citados concursos seria a inexorável selecção da empresa proprietária e concessionária da rede de radiodifusão televisiva analógica (a PT Comunicações, S.A.), por estar em circunstâncias únicas, em todo o espaço nacional e mesmo europeu, para apresentar uma proposta diferenciada em termos de valor. De facto, o peso do critério respeitante à rapidez de massificação da TDT conduziria naturalmente a privilegiar quem actualmente detém a antiga rede pública de radiodifusão televisiva analógica - cujas infra-estruturas de suporte permitem a instalação das antenas do sistema digital -, especialmente se os outros candidatos não pudessem basear as suas propostas no acesso à referida rede em condições económicas normais".
A Sonaecom diz ter sugeriu, em devido tempo, que essas condições fossem previamente definidas, juntamente com um conjunto de outras medidas destinadas a permitir um sistema concursal realmente competitivo.
"Todavia, tais sugestões não lograram qualquer acolhimento", lamenta.
Como se já não bastasse a situação descrita, a subsidiária do grupo Sonae recorda que a PT celebrou com a Media Capital um contrato que lhe permite o controlo da infra-estrutura de transporte de sinal de que esta última entidade era proprietária, "com o que se goraram por completo os esforços de várias empresas na preparação de uma proposta alternativa".
"Infelizmente, a Sonaecom tinha razão. Para além da PT, não há hoje quem possa apresentar uma candidatura viável no concurso da TDT, pelo que a televisão digital terrestre ficará integralmente dependente do modo como aquela empresa pretende configurar o negócio. É verdadeiramente surpreendente que, em lugar de se procurar evitar uma maior concentração de plataformas na titularidade do incumbente, as autoridades portuguesas tenham permitido o reforço da posição dominante no mercado global das telecomunicações por parte da entidade que sempre o dominou até hoje", sublinha a Sonaecom.
"Fica, assim, no espírito de investidores nacionais e estrangeiros, a sensação de que se assiste a um ajuste directo travestido de concurso, com danos na credibilidade e no desenvolvimento do País, bem como no interesse da concorrência e dos consumidores", afirma a empresa liderada por Ângelo Paupério. |
Fonte: http://diarioeconomico.sapo.pt/ |
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